Nos últimos anos, diversos estudos têm lançado luz sobre um fator crucial na evolução pós-operatória de pacientes submetidos a cirurgias oncológicas: os exercícios pré-operatórios, também conhecidos como pré-habilitação. Essa abordagem tem demonstrado ser capaz de melhorar significativamente os resultados cirúrgicos e o bem-estar dos pacientes.
Exercícios Pré-Operatórios: Um Aliado para uma Recuperação Melhor
A indicação de um programa de exercícios pré-operatórios é baseada na estratificação de risco, muitas vezes obtida por meio do teste cardiopulmonar do exercício (TCPE). Esse teste ajuda a avaliar a condição cardiovascular e respiratória do paciente, orientando a equipe médica na decisão de implementar a pré-habilitação.
Componentes Essenciais do Programa de Exercícios
Uma vez indicado, o programa de exercícios pré-operatórios deve ser individualizado, considerando as características e necessidades de cada paciente. Normalmente, ele engloba:
- 1. Treinamento Aeróbico: Melhora da capacidade cardiovascular e resistência, preparando o organismo para enfrentar o estresse cirúrgico.
- 2. Treinamento de Força: Fortalecimento muscular para otimizar a recuperação pós-cirúrgica e prevenir a perda de massa muscular.
- 3. Treinamento Neuromotor: Aprimoramento da coordenação e equilíbrio, reduzindo o risco de quedas no período perioperatório.
- 4. Flexibilidade: Alongamentos para melhorar a mobilidade das articulações e prevenir rigidez pós-operatória.
Impacto na Musculatura Respiratória
Pacientes com fraqueza muscular respiratória documentada podem se beneficiar da inclusão de treinamento específico para a musculatura respiratória. Essa abordagem tem demonstrado impacto na redução de complicações pulmonares, como atelectasia e pneumonia, além de reduzir o tempo de internação.
Preparando-se para um Melhor Resultado
A pré-habilitação mediante exercícios pré-operatórios é uma estratégia promissora que visa preparar o paciente não apenas para a cirurgia, mas para uma recuperação mais tranquila e eficaz. Essa abordagem multidisciplinar, que envolve médicos, fisioterapeutas, nutricionista, o psicólogo e educador físico, destaca a importância de uma visão holística no cuidado do paciente oncológico.
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