Você sabia que o seu intestino é o seu segundo cérebro?
Pelo menos em algum momento você já deve ter ouvido falar sobre esse assunto. O intestino é um órgão vital para a manutenção da nossa saúde.
É através dele que os alimentos que consumimos são digeridos, e onde seus nutrientes são distribuídos para o restante do nosso corpo.
Contudo, o intestino guarda funções ainda tão importantes e curiosas quanto suas ações naturais das quais já estamos acostumados.
Siga lendo para saber mais sobre o porquê o intestino é considerado o nosso segundo cérebro.
O intestino e sua relação com o sistema imunológico
Estudo publicado em 2016 por pesquisadores brasileiros revelou que neurônios que habitam o intestino são os responsáveis por ativar células de defesa em caso de “perigo”.
Esse perigo pode ser causado, ou representado, por bactérias que entram no organismo acompanhadas por algum alimento que consumimos.
Em seu doutorado pela USP, Ilana Gabanyi descobriu junto de Frederico Costa-Pinto, professor da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, que neurônios mais próximos do interior do tubo digestivo “alertam” os macrófagos sobre a presença de algum micro-organismo causador de doença.
Isso tudo ocorre com uma interação entre a digestão e o sistema imune, que você vai entender melhor, a seguir.
O que são os macrófagos do intestino?
Macrófagos são células do sistema imunológico que desempenham diferentes papéis de monitoramento e reparação em todo o corpo.
Uma das funções mais primitivas de defesa do organismo é englobar um eventual agente infeccioso.
A observação realizada pelo estudo, rendeu duas descrições diferentes da função dos macrófagos no chamado sistema nervoso entérico (redes de neurônios que integram o sistema digestivo).
Os macrófagos da camada mais próxima de onde se encontram as bactérias, atuavam promovendo inflamação. Algo já esperado.
Já os macrófagos que compõem a camada chamada de muscularis, região mais distante, expressavam genes anti-inflamatórios quando estimulados pelos neurônios do sistema nervoso simpático, gerando uma espécie de “mensagem” de que algo não está certo.
Essa “mensagem”, na realidade, é um neurotransmissor conhecido como noradrenalina, que os neurônios liberam quando detectam bactérias potencialmente patogênicas.
O intestino tem neurônios?
Sim, e em quantidade abundante!
De fato, é reconhecido que o intestino é o local do corpo humano que concentra a segunda maior coleção de neurônios, depois do próprio cérebro.
São eles os responsáveis pelas funções autônomas do sistema digestivo. Porém, não é qualquer neurônio que participa da conversação com os macrófagos.
O artigo identificou que os responsáveis por essa comunicação são grupos de neurônios do sistema nervoso simpático, caracterizado por desencadear respostas a situações de estresse.
Mas a despeito de suas origens, é no intestino que esses neurônios habitam, convivendo com outras células abundantes por lá: as células do sistema imune.
A interação neuroimune encontrada no órgão, portanto, é uma espécie de sistema sensorial de alterações que causem prejuízos ao intestino, alertando quando há algo que não está funcionando adequadamente, ou que fomos invadidos por agentes externos.
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